terça-feira, 14 de julho de 2009

Fim - O último fim



Olá a todos.

Obrigado por terem seguido este blogue. Obrigado por terem escrito mensagens, obrigado por terem andado por aqui. Mas o que tornou possível este blogue, também o acabou por matar.
Talvez venha a escrever outras coisas em breve. Tenho vontade, mas não tenho motivação, nem alegria. É só.
Amanhã completa-se um ano de blogue. Poder-se-ia ter chamado os meus últimos 365 dias, mas foram 416.
Acho que nos vamos encontrar por aí.
Quem me dera que este blogue fosse a a minha pátria.

4 comentários:

Just me disse...

Amanha Ian Curtis faria anos se estivesse entre nós! Continua a sua estrela!
Boa sorte!

Pena que descobri este blogue na sua recta final!

Baptista Bragança disse...

No fim

No fim de tudo dormir.
No fim de quê?
No fim do que tudo parece ser…,
Este pequeno universo provinciano entre os astros,
Esta aldeola do espaço,
E não só do espaço visível, mas até do espaço total.

Álvaro de Campos

Baptista Bragança disse...

Além-tédio

Nada me expira já, nada me vive ---
Nem a tristeza nem as horas belas.
De as não ter e de nunca vir a tê-las,
Fartam-me até as coisas que não tive.

Como eu quisera, enfim de alma esquecida,
Dormir em paz num leito de hospital...
Cansei dentro de mim, cansei a vida
De tanto a divagar em luz irreal.

Outrora imaginei escalar os céus
À força de ambição e nostalgia,
E doente-de-Novo, fui-me Deus
No grande rastro fulvo que me ardia.

Parti. Mas logo regressei à dor,
Pois tudo me ruiu... Tudo era igual:
A quimera, cingida, era real,
A própria maravilha tinha cor!

Ecoando-me em silêncio, a noite escura
Baixou-me assim na queda sem remédio;
Eu próprio me traguei na profundura,
Me sequei todo, endureci de tédio.

E só me resta hoje uma alegria:
É que, de tão iguais e tão vazios,
Os instantes me esvoam dia a dia
Cada vez mais velozes, mais esguios...

Mário de Sá-Carneiro

Baptista Bragança disse...

A Fénix é um pássaro da mitologia grega e egípcia que quando morria entrava em auto-combustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas. Outra característica da Fénix é sua força que a faz transportar em voo cargas muito pesadas. A vida longa da Fénix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.