sábado, 7 de março de 2009

A vida - Florbela Espanca

A vida

É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!

Todos somos no mundo,
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!

A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...

Amar-te a vida inteira eu não podia.
A gente esquece sempre o bem de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!

3 comentários:

Anónimo disse...

ESTA É A NOTICIA:

Irão aberto a participar na conferência sobre o Afeganistão.
07.03.2009 - 12h50 PÚBLICO


O Irão recebeu com interesse – ainda sem manifesto entusiasmo – a proposta dos Estados Unidos para que se envolva mais na discussão da questão afegã. Mas o sim definitivo só chegará nas próximas semanas.

Numa entrevista à televisão sérvia RTS, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Manuchehr Mottaki, disse que o seu Governo estava a “reflectir” no convite, feito pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, a que responderá quando o chefe da diplomacia italiana, Franco Frattini, visitar Teerão proximamente.

O funcionário explicou que o talvez não é um sim, apenas a promessa que o assunto vai ser “examinado”. Mas pouco antes o porta-voz do Governo, Gholam Hossein Elham, tinha mostrado a mesma abertura, sujeita apenas a um pedido formal. “Se precisam de nós, mandem um convite que logo o examinaremos”, afirmou.

A questão – uma das pedras de toque da nova diplomacia americana – progride de dia para dia, desde que Clinton propôs na quinta-feira a realização do encontro, no dia 31, para consertar uma estratégia para a reconstrução e pacificação do Afeganistão, onde os ganhos no terreno estão a pender para os taliban apesar da panóplia de tropas e armas ocidentais.

No dia seguinte, a secretária de Estado lembrou a Teerão que pense bem antes de responder pois tem “numerosos motivos” para se juntar à discussão.

Os iranianos reagiram afirmando que se alguém tem imediatamente interesse nisso são os ocidentais, convidando-os a perguntarem aos afegãos se ganharam alguma coisa com a guerra dos últimos sete anos, para verem logo que não, mas ficaram de pensar no assunto.

A AFP lembra dois motivos por que o Irão teria – terá – interesse em participar: o aumento da produção de ópio no Afeganistão, e assim o aumento do consumo entre a população iraniana, e as relações estreitas que mantém com as populações xiitas do outro lado da fronteira, um quadro com pouco tem a ver com o tempo em que os talibans (sunitas) estiveram no poder em Cabul.

O convite a Teerão para se envolver na questão na procura de uma solução para o Afeganistão corre paralelo a uma série de apontamentos críticos feitos no passado por políticos e militares ao estilo da intervenção ocidental, apontando para a necessidade de uma mudança de estratégia, e quando Washington se mostra disposta ao diálogo com a República Islâmica, rompendo com a política de isolamento de Teerão seguida pela Administração Bush.

Anónimo disse...

AGORA VEJAM ESTE COMENTÁRIO:

07.03.2009 - 14h14 - Luis, Almada

Diz a notícia: “o porta-voz do Governo, Gholam Hossein Elham, tinha mostrado a mesma abertura, sujeita apenas a um pedido formal. “Se precisam de nós, mandem um convite que logo o examinaremos” (...). A questão (...) progride de dia para dia, desde que Clinton propôs (...) a realização do encontro, no dia 31, para consertar uma estratégia para a reconstrução e pacificação do Afeganistão, onde os ganhos no terreno estão a pender para os taliban apesar da panóplia de tropas e armas ocidentais. (...) Os iranianos reagiram afirmando que se alguém tem imediatamente interesse nisso são os ocidentais”. Afinal, tem sido o Irão a mostrar a atitude mais racional. E de facto se os Ocidentais quisessem resolver a questão, respeitavam o direito dos Afegãos à sua soberania, faziam as malas e zarpavam

Anónimo disse...

" Afinal, tem sido o Irão a mostrar a atitude mais racional."

Temos mesmo que aturar estes srs. confortavelmente instalados, no seio das democracias ocidentais. A minha paciência, há muito que se esgotou!